Setor têxtil e de vestuário abre 1,8 mil vagas em março
24/04/2018
A indústria têxtil e de confecção apresentou saldo significativo, em março desse ano, na geração de empregos, conforme apontou o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, divulgado na última sexta-feira (20).
O saldo positivo apresentado por esse setor foi de cerca de 1,8 mil vagas no mês. Aumentando em mais de 1,2 mil os postos de trabalho comparados com o mesmo mês do ano anterior, quando a indústria havia contabilizado a geração de apenas 520 novos empregos.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, o crescimento no número de vagas abertas pelo setor é positivo, mas não deve ser visto com euforia.
"Apesar de um início de ano difícil, com o mercado morno por causa do consumo e o grande crescimento das importações, a indústria têxtil e de confecção tem mostrado uma resiliência muito grande ao gerar postos formais de trabalho. Isso é algo a ser comemorado, mas precisamos manter a cautela porque o consumo não está crescendo intensamente até o momento, e os importados, que competem de forma desigual com a indústria brasileira, vieram com muita virulência ocupar o espaço do produto nacional", complementa.
No primeiro trimestre de 2018, quando foram abertos 14.750 empregos, o desempenho registrado foi o terceiro melhor de toda a indústria de transformação.
Em 12 meses, quando foram registradas 223.367 novas vagas em todo o País, e o setor foi o responsável por 3.447 contratações, devolvendo parte das 10.432 vagas perdidas nos 12 meses diretamente anteriores.